terça-feira, 7 de julho de 2009

agredido ou agressor?

A mídia cearense divulgava na sexta-feira (3) com grande estardalhaço a "bagunça" que os estudantes da UECE faziam quando da reinauguração da biblioteca do campus do Itaperi, que contou com a presença do governador Cid Gomes (PSB). O detalhe dessa "comemoração" é que não tinha um livro novo no acervo.

Os meios não tocaram na principal questão: a quase estagnação da universidade com a carência de professores. A falta de estrutura física dos diversos campus também é de total abandono: na URCA os estudantes assistem as aulas em fábricas abandonadas (!) porque simplesmente não têm sala de aula. Na FACEDI a biblioteca, as instalações, os banheiros, tudo em lamentável estado.

Entre outras reivindicações dos estudantes, estão a reforma do Restaurante Universitário, construção do Hospital Veterinário, novos veicúlos para a universidade, etc.

Lamentável a atitude dos estudantes de geografia que, ao anúncio da aquisição de novos ônibus para o curso, esqueceram a falta de professores e passaram a aplaudir o governador. Nem falo da maioria dos estudantes das exatas porque nem se deram ao trabalho de ir até o auditório.

Pois os jornais limitaram-se a mostrar a manifestação dos estudantes como agressão mas não enxergam, ou fingem não enxergar, que a agressão foi o discurso demagógico desse que não passa de mais um político medíocre da família Gomes, um sujeito que não tem o mínimo respeito com os professores da rede estadual, inescrupuloso com seus projetos faraônicos que de forma alguma beneficiarão o povo. Povo esse que infelizmente ainda acredita que a melhor forma de acabar com a violência é colocar pobre na cadeia, pois esta é a sua principal base eleitoral. Ele bem que suou pra enrolar, enrolar. Falou até do aquário! Mas não aceitou os concursos. E ele sabe muito bem o que acontece com tamanha truculência.

notas:
Do governador: "sei que aqui vocês são socialistas mas eu não sou, eu sou contra o socialismo", disse o político do partido socialista brasileiro (PSB).
"Eu fiz o concurso (para novos professores, em 2006) porque a minha consciência pediu. Não foi pressão, foi porque EU quis".

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