domingo, 25 de janeiro de 2009

entre e estética e a ideologia

Lí um dia um artigo em que um senhor analisava a literatura como "burguesa" ou "social", falava dos autores comprometidos com os reais problemas sociais ou com uma visão mais crítica sobre aqueles que nos mandam calar a boca e aqueles que estão mais preocupados com a manutenção de tal quadro (diria até dessa elitização e alienação que é a arte... digamos, "de massa", em suma, a indústria cultural, como disseram os carinhas da Escola de Frankfurt).

Não vou mentir dizendo que não desprezo aquele tal de Nelson Rodriques ou Paulo Coelho, etc., mas se formos partir pra essa discução política dentro da literatura, não sobra muita coisa pra discutir. Por exemplo, eu seria o primeiro a queimar um livro do Victor Hugo! Mas como negar a importância dele? E de Dostoiévski então?! Ele era um conservador quando o assunto era religião ou política, mas daí vou desprezá-lo?

Bom, que leiam Bilac ou Saramago, Nelson Rodrigues ou Górki, Maiakovski, etc. O importante é que a literatura consegue uma vida além das nossas capacidades de compreensão da angústia humana. A política está em tudo, basta saber sobreviver a ela (não que eu seja pessimista, é claro).